segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Nova Crônica do Poeta Sérgio Vaz

ODE AO ÓDIO
Sérgio Vaz

Vou criar o ÓDIOMÊTRO para medir ódio das pessoas.

É impressionante como ultimamente tudo que você diz ou faz, desperta o ódio de alguém neste país.
Você diz que não compartilha das mesmas opiniões de alguém, esse alguém automaticamente passa a ser seu inimigo ou inimiga na mesma hora.

As Pessoas não querem mais discutir, querem cuspir uma nas outras.
E Esse ódio é democrático, afeta brancos e negros, feios e bonitos, bonzinhos e malvados, gordos e magros, homens e mulheres, e por consequência, seus filhos. Ou seja, as crianças.
E o ódio não é igual ao amor que muitas vezes, infelizmente, a gente perde tempo em dizer que ama alguém.


Quem disse EU TE AMO para o pai, a mãe, a mulher, o homem, ao amigo, aos filhos, aos avós esta semana? Este mês ou este ano? Pois é, pra dizer que a gente gosta de alguém não é muito fácil, mas diz que não concorda com alguém, ou alguma ideia... A pessoa diz que te odeia na mesma hora, te desconjura, e sai por aí te odiando. E não basta te odiar sozinho(a), ela quer que outras pessoas te odeiem também. E o mais legal é que é tudo em nome da democracia.


De minha parte quero dizer, "quanto mais ódio, mais amor. Mais luta."


Nunca fui bom em amar e ser amado, perdi muito tempo tentando entender o amor, amei errado, amei certo, mas nunca aprendi a odiar. Isso ninguém vai me ensinar e recuso-me a aprender.
Não quer dizer que amo todo mundo, "muito amor, muito amor, mas raiva é fundamental", mas ódio é para gente fraca, gente sem argumento, de gente que não gosta de ser gente.
Menos ódio mais amor.

Ah, meu voto é DILMA!

sERGIO vAZ


*publicado originalmente no dia 13 de outubro de 2014 na página de Facebook do poeta Sérgio Vaz



Veja também:

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Conheça nova revista de literatura independente

O belo poema abaixo, de Fabíola Weykamp, compõe a terceira edição da revista Verborhagia, assim como outras poesias e prosas de gente que se arrisca a escrever. Verborhagia é uma publicação eletrônica dedicada à literatura independente e pode ser lida em:

http://issuu.com/verborhagia/docs/verborhagia__3



te queria poema

 queria poder me chegar
 sem o medo das horas apressar

 queria poder ficar
 sem que a ansiedade por ir fosse maior

 queria te ver rima toante
                ao meu lado
 sem que a insegurança do amanhã nos impedisse o poema

 queria que me quisesses
 sem grafemas nem fonemas

 apenas aliterando, de mãos dadas, o nosso acaso

Fabíola Weykamp


Revista Eletrônica de Literatura Independente