pequena epifania
Eu homem, desaparecendo com objetos. Garrafas quebradas, avisto uma cortina balançada de vento, toco tua boca e as manchas no colchão velho improvisado em que fingimos dormir. Tu mulher, tanta mulher em ti, teu cheiro incomum que inunda o pequeno espaço onde te acaricio na rua de mão única. Cansada, negra, lívida e negra, desaparecida nos objetos, sorriso largo - rareando - estufada daquela beleza que atinge mulheres alheias ao tempo, mulheres de qualquer rua, mulheres do pequeno espaço da rua em que posso te acariciar.
Raquel Leão Luz
Fonte: http://tenhomedodevirginiawoolf.blogspot.com
blog bacana!
ResponderExcluirbom encontra por aí, noite de insônia a fora um espaço com coisas bacanas!!!
parabéns pelo espaço!
matou a pau
ResponderExcluirMuito obrigado, Ela.May! Vi o teu blogue também, bem legal! Parabéns!
ResponderExcluirBeijão!
Raquel, talvez eu não tenha me expressado bem ontem, mas teu texto só entrou aqui pq é muito bom! Espero que tu escreva mais no teu blogue, tu tem talento.
ResponderExcluirAh, a rua de mão única... Nela, um pequeno espaço, para quem se encontra nela, um sinônimo de possibilidade.
ResponderExcluirBonito!
É, Deisi, a Raquel usa muito bem as metáforas. A moça é talentosa.
ResponderExcluirBeijão.