Veja Bem Meu Bem, composição de Marcelo Camelo, aparece no álbum Bloco do Eu Sozinho (2001), do Los Hermanos. Em 2003, Maria Rita, em disco intulado com seu nome, que marca a estréia da cantora, interpreta a mesma canção de Camelo. E em 2007, no CD Inclassificáveis,Ney Matogrosso grava Veja Bem Meu Bem. Confira as diversas versões abaixo.
Veja bem meu bem, Sinto lhe informar Que arranjei alguém Pra me confortar Este alguém está quando você sai Eu só posso crer Pois sem ter você Nestes braços tais Veja bem amor Onde está você Somos no papel, Mas não no viver Viajar sem mim, me deixar assim Tive que arranjar alguem pra passar os dias ruins
Enquanto isso navegando eu vou sem paz Sem Ter um porto, quase morto sem um cais E eu nunca vou te esquecer amor Mas a solidão deixa o coração neste leva e traz
Veja bem, além Destes fatos vis Saiba, traições São bem mais sutis Se eu te troquei Não foi por maldade Amor, veja bem, arranjei alguém chamado saudade
Conheça um pouco mais sobre a segunda e terceira gerações da poesia romântica brasileira de um jeito simples e didático. O áudio faz parte do programa Categorias literárias: Série Clássicos da Literatura Brasileira e Portuguesa, com comentários de Marcos Sagatio. O projeto é de autoria da USP. O melhor é que o programa é de Domínio Público, então: copie, espalhe, difunda, divulgue... Faça o que quiser, pois cultura não se guarda na gaveta.
Nas palmas de tuas mãos leio as linhas da minha vida. Linhas cruzadas, sinuosas, interferindo no teu destino. Não te procurei, não me procurastes – íamos sozinhos por estradas diferentes. Indiferentes, cruzamos Passavas com o fardo da vida... Corri ao teu encontro. Sorri. Falamos. Esse dia foi marcado com a pedra branca da cabeça de um peixe. E, desde então, caminhamos juntos pela vida...
MÃE
Renovadora e reveladora do mundo A humanidade se renova no teu ventre. Cria teus filhos, não os entregues à creche. Creche é fria, impessoal. Nunca será um lar para teu filho. Ele, pequenino, precisa de ti. Não o desligues da tua força maternal. Que pretendes, mulher? Independência, igualdade de condições... Empregos fora do lar? És superior àqueles que procuras imitar. Tens o dom divino de ser mãe Em ti está presente a humanidade.
Mulher, não te deixes castrar. Serás um animal somente de prazer e às vezes nem mais isso. Frígida, bloqueada, teu orgulho te faz calar. Tumultuada, fingindo ser o que não és. Roendo o teu osso negro da amargura.
O PASSADO
O salão da frente recende a cravo. Um grupo de gente moça se reúne ali. "Clube Literário Goiano". Rosa Godinho. Luzia de Oliveira. Leodegária de Jesus, a presidência.
Nós, gente menor, sentadas, convencidas, formais. Respondendo à chamada. Ouvindo atentas a leitura da ata. Pedindo a palavra. Levantando idéias geniais.
Encerrada a sessão com seriedade, passávamos à tertúlia. O velho harmônio, uma flauta, um bandolim. Músicas antigas. Recitativos. Declamavam-se monólogos. Dialogávamos em rimas e risos.
D. Virgínia. Benjamim. Rodolfo. Ludugero. Veros anfitriões. Sangrias. Doces. Licor de rosa. Distinção. Agrado.
O Passado...
Homens sem pressa, talvez cansados, descem com leva madeirões pesados, lavrados por escravos em rudes simetrias, do tempo das acutas. Inclemência. Caem pedaços na calçada. Passantes cautelosos desviam-se com prudência. Que importa a eles o sobrado?
Gente que passa indiferente, olha de longe, na dobra das esquinas, as traves que despencam. -Que vale para eles o sobrado?
Quem vê nas velhas sacadas de ferro forjado as sombras debruçadas? Quem é que está ouvindo o clamor, o adeus, o chamado?... Que importa a marca dos retratos na parede? Que importam as salas destelhadas, e o pudor das alcovas devassadas... Que importam?
E vão fugindo do sobrado, aos poucos, os quadros do Passado.
Cora Coralina, pseudônimo de Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, (Cidade de Goiás, 20 de agosto de 1889 — Goiânia, 10 de abril de 1985) foi uma poetisa e contista brasileira. Mulher simples, doceira de profissão, tendo vivido longe dos grandes centros urbanos, alheia a modismos literários, produziu uma obra poética rica em motivos do cotidiano do interior brasileiro, em particular dos becos e ruas históricas de Goiás. (Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.)
FESTA DOS DIREITOS HUMANOS: PARA COMEMORAR 60 ANOS DA DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DO HOMEM
Programação inclui mostra competitiva de filmes, shows com DJ Dolores e Cordel do Fogo Encantado, além de mostras programadas por cineclubes e grupos culturais nas periferias da cidade
A Comissão Municipal dos Direitos Humanos (CMDH) da Prefeitura de São Paulo – em parceria com a FESP e apoio do SESCSP - promove, de 02 a 10 de dezembro, intensa programação comemorativa aos 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Pelo segundo ano consecutivo a CMDH promove o Festival de Curtas-Metragens ENTRETODOS, cujo objetivo é promover o debate sobre o tema utilizando o audiovisual como meio de chegar a um número cada vez maior de pessoas. O público poderá conferir apresentações do DJ Dolores e Banda na abertura oficial do Festival e, no encerramento, show do grupo Cordel do Fogo Encantado.
Em 2008, o 2º Festival de Curtas-Metragens ENTRETODOS recebeu centenas de inscrições. Destas, 27 trabalhos foram escolhidos para participar da mostra competitiva, que acontece entre 03 e 10 de dezembro no Sesc Vila Mariana. Serão selecionados por um júri especialmente quatro curtas, nas categorias melhor curta-metragem, melhor roteiro, melhor diretor estreante e visão social. O júri é composto por nomes como Fernando Meirelles, Gregório Bacic, Danilo Santos de Miranda, Clarisse Abujamra, André Goldman, Soninha Francine, Daniel Piza etc. A CMDH premiará os escolhidos com um total de R$ 30.000,00. O público poderá votar nos curtas exibidos no Sesc Vila Mariana. O mais votado pela escolha popular será agraciado com o prêmio mochileiro, cujo ganhador deverá levar os curtas e o debate sobre direitos humanos pelo país.
Os filmes estão agrupados em cinco blocos, que poderão ser assistidos em dias e horários alternados: Entretodos na pele; Entretodos na rua; Entretodos na cabeça; Entretodos na vida; Entretodos no outro. Cada um dos blocos exibe alguns dos curtas selecionados. Este ano há curtas-metragens em todos os formatos de captação possíveis. As sessões são gratuitas, basta retirar os ingressos com uma hora de antecedência.
Além das exibições no Sesc Vila Mariana, a programação da 2ª edição do Festival pode ser conferida simultaneamente em espaços culturais e em núcleos de cinema espalhados pela cidade. Projeções na zona norte, programadas pelos grupos FABICINE, SAPOCINE e Centro de Cidadania Juventude Ativa (Brasilândia, Vila Nova Cachoeirinha, Jardim Antártica, Jardim Peri); na zona leste, organizada pelos grupos Fabrica de Imagens, Cine Campinho e Mundo em Foco – Perifacine (Jardim Bandeirantes, Jardim Fanganielo, Vila Santa Inês, Brás e São Mateus); na zona sul, programadas pelos grupos Núcleo de Comunicação Alternativa, CineBecos e Cineclube Paraisopolis (M`Boi Mirim, Cidade Dutra, Campo Limpo e Paraisopolis).
Fomentadores de atividades culturais itinerantes, que promovem a valorização dos artistas e de suas obras, criando um circuito de espaços de exibição. Grupos que oferecem entretenimento a jovens, adolescentes e adultos, proporcionando o desenvolvimento de um olhar mais crítico e fomentando a formação da cidadania. Mobilizações que buscam fazer uso de meios como TV, cinema, internet e fotografia como instrumentos de inserção em um mundo cada vez mais globalizado, promovendo exibições gratuitas de curtas-metragens em escolas, ONGs e associações das periferias de São Paulo. O cinema transbordando por becos e vielas. Escadões viram telas de projeção. A mídia entendida e utilizada como ferramenta de transformação social, com nova concepção de informação comunitária.
O 2º Festival de Curtas-Metragens ENTRETODOS também promove oficina de construção de instrumentos musicais a partir de materiais orgânicos e sintéticos (vidro, plástico, pedra, pedaços de objetos obsoletos, madeira e sucata caseira). A oficina é ministrada por Fernando Sardo, que pesquisa e constrói instrumentos musicais de cordas, sopros e percussão de diversas culturas e épocas há 15 anos . Em seu trabalho, integra a música às artes plásticas resultando na criação de instrumentos musicais e de esculturas sonoras construídas com matérias primas nativas como cabaça e bambu, madeira, pedra e também com outros materiais alternativos como metal, vidro, papel e plástico. Ele utiliza seus instrumentos e esculturas sonoras em suas composições e em seus trabalhos musicais
A oficina, que será ministrada para 30 pessoas selecionadas, será ministrada no Sesc Vila Mariana. O último dia da oficina será dedicado à composição de trilha sonora ao vivo interpretando um ou mais curtas que expressem questões de Direitos Humanos. Ainda há vagas. Inscrições: manu@entretodos.com.br e/ou info@entretodos.com.br. No campo de assunto do e-mail o interessado deverá digitar OFICINA ENTRETODOS.
Dois debates entremeiam a programação. O primeiro aborda o chamado Cinema Seco, que inclui mostra de filmes e debate e que reúne filmes cujas temáticas podem ser ligadas a regiões semi-áridas do planeta e seus conflitos sociais. A sessão e o debate serão conduzidos por Petrônio de Lorena (diretor, roteirista e músico que reside entre Recife e Rio de Janeiro) e Sergio Oliveira (diretor e roteirista). O segundo é um debate sobre cinema e direitos humanos. Os debates são também gratuitos, sendo necessário retirar convites com uma hora de antecedência.
Senta aqui que hoje eu quero te falar Não tem mistério, não, é só teu coração Que não te deixa amar Você precisa reagir. Não se entregar assim... - Como quem nada quer? Não há mulher, irmão, que goste desta vida Ela não quer viver as coisas por você Me diz, cadê você ai? E ai, não há sequer um par pra dividir Senta aqui espera que eu não terminei Por onde você foi que eu não te vejo mais? Não há ninguém capaz de ser isto que você quer - Vencer a luta vã e ser o campeão! Pois se é no não que se descobre de verdade o que te sobra além das coisas casuais Me diz se assim está em paz achando que sofrer é amar demais
Saiba o que aconteceu em Brasília durante a abertura do terceiro encontro nacional dos Pontos de Cultura, que integra o programa Cultura Viva, do Ministério da Cultura, a TEIA 2008, o maior encontro da diversidade cultural brasileira, ocorrido entre os dias 12 e 16 de novembro de 2008. Mais de 800 representantes e centenas de artistas e ativistas culturais de todas as regiões do país se reuniram na Esplanada dos Ministérios em Fórum, Seminários e Mostra Artística.
Windows boicota o ministro na abertura da Teia 2008 por Gecíola Fonseca
Tudo pronto para a abertura oficial da Teia 2008. O protocolo começa a seguir com algumas quebras, principalmente por parte do Secretário de Programas e Projetos Culturais do Ministério da Cultura, CélioTurino - que se emocionou em alguns momentos e pediu palmas para os funcionários do MinC -, e do coordenador da Teia e do Ponto de Cultura Invenção Brasileira, Chico Simões - um cerimonialista nada convencional, personagem à altura de um evento como este -, de onde veio a principal intervenção desta noite.
Em determinado momento, Chico recebeu a informação de que a Equipe de Comunicação Livre da Teia ficou impossibilitada de gravar o áudio da cerimônia, pois as pessoas responsáveis pela mesa de som do Teatro Nacional (que não eram funcionários do teatro), não deram autorização para isso, nem deram justificativa para a não-autorização. Indignado, Chico reclamou do problema e falou de censura, inclusive citando o Projeto de Lei 84/99, defendido e articulado pelo Senador Eduardo Azeredo, que supostamente trata "dos crimes contra a segurança dos sistema informatizados", mas que, na verdade, abre espaço para violar os direitos civis básicos de liberdade e privacidade garantidos no artigo 5º da Constituição Brasileira, criando uma situação de vigilantismo e ainda reduzindo as possibilidades da inclusão digital. Para finalizar o protesto contra a censura e o controle, Chico bradou com fervor: Viva o Software Livre!!!.
Seguindo o protocolo, teríamos a exibição de um vídeo com uma mensagem do Ministro da Cultura, Juca Ferreira. Porém, o computador travou, boicotando o ministro. Claro que os militantes do software livre ali presentes não deixaram passar o fato e gritaram: é Windows...
Essa é pra quem é fã mesmo. Uma música desconhecida do Los Hermanos numa raríssima gravação. A canção se chama Gabriela, nunca foi gravada oficialmente, porém, existe um registro fruto de uma demo captada durante um ensaio. Por conta dessas condições, o som está incompleto e em péssima qualidade, mas, pra quem gosta, vale conferir.
Gabriela - Los Hermanos
Gabriela Los Hermanos
Longos são os dias que eu conto pro meu amor chegar Longe eu sofro tanto e não agüento mais esse meu penar Sinto tanta saudade da minha linda que há muito se foi Choro todos os dias lembrando que o mundo não tem mais nós dois
Volta minha amada Gabriela, Gabriela
Lua leva pra ela todo meu carinho todo meu amor Diga que volte logo que sinto saudades que morro de dor
Movimento dos Barcos é uma bela canção de Jards Macalé presente em seu disco de estréia em 1972, infelizmente fora de catálogo. Ouça abaixo está rara música, quem tiver interesse no álbum completo pode baixá-lo no excelente e necessário Brazilian Nuggets.
Movimento dos Barcos - Jards Macalé
Movimento dos barcos Jards Macalé e Capinan
Estou cansado e você também Vou sair sem abrir a porta E não voltar nunca mais Desculpe a paz que eu lhe roubei E o futuro esperado que eu não dei É impossível levar um barco sem temporais E suportar a vida como um momento além do cais Que passa ao largo do nosso corpo
Não quero ficar dando adeus As coisas passando, eu quero É passar com elas, eu quero E não deixar nada mais Do que as cinzas de um cigarro E a marca de um abraço no seu corpo
Não, não sou eu quem vai ficar no porto Chorando, não Lamentando o eterno movimento Movimento dos barcos, movimento
Se alguém quer matar-me de amor Que me mate no Estácio Bem no compasso, bem junto ao passo Do passista da escola de samba Do Largo do Estácio O Estácio acalma o sentido dos erros que eu faço Trago não traço, faço não caço O amor da morena maldita do Largo do Estácio Fico manso, amanso a dor Holliday é um dia de paz Solto o ódio, mato o amor Holliday eu já não penso mais