pequena epifania
Eu homem, desaparecendo com objetos. Garrafas quebradas, avisto uma cortina balançada de vento, toco tua boca e as manchas no colchão velho improvisado em que fingimos dormir. Tu mulher, tanta mulher em ti, teu cheiro incomum que inunda o pequeno espaço onde te acaricio na rua de mão única. Cansada, negra, lívida e negra, desaparecida nos objetos, sorriso largo - rareando - estufada daquela beleza que atinge mulheres alheias ao tempo, mulheres de qualquer rua, mulheres do pequeno espaço da rua em que posso te acariciar.
Raquel Leão Luz
Fonte: http://tenhomedodevirginiawoolf.blogspot.com
quinta-feira, 15 de abril de 2010
Pequena Epifania
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6 comentários:
blog bacana!
bom encontra por aí, noite de insônia a fora um espaço com coisas bacanas!!!
parabéns pelo espaço!
matou a pau
Muito obrigado, Ela.May! Vi o teu blogue também, bem legal! Parabéns!
Beijão!
Raquel, talvez eu não tenha me expressado bem ontem, mas teu texto só entrou aqui pq é muito bom! Espero que tu escreva mais no teu blogue, tu tem talento.
Ah, a rua de mão única... Nela, um pequeno espaço, para quem se encontra nela, um sinônimo de possibilidade.
Bonito!
É, Deisi, a Raquel usa muito bem as metáforas. A moça é talentosa.
Beijão.
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