quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Jornal tem fotos digitalizadas e disponibilizadas na rede

Fotos inéditas do Jornal Última Hora estão na internet


Fonte: Núcleo de Comunicação do Arquivo Público do Estado de São Paulo

Grande parte das fotografias ficou guardada em arquivo por muitos anos e não chegou a ser publicada no jornal.

Image
O Arquivo Público do Estado de São Paulo acaba de digitalizar e disponibilizar na internet parte do arquivo fotográfico do jornal Última Hora, um dos mais importantes periódicos do jornalismo brasileiro, que circulou em diversas cidades brasileiras nas décadas de 1950 e 1960. São quase 20 anos de história registrados em 54.600 mil fotografias e 1.200 ilustrações, que podem ser vistas pelo site http://www.arquivoestado.sp.gov.br/uhdigital/

Diferentes momentos da história brasileira foram registrados pelas lentes fotográficas do jornal Última Hora: o suicídio do Presidente Getúlio Vargas, em 1954; as Olimpíadas de Helsinki, em 1952; a estreia de Roberto Carlos na TV Tupi, em 1968. a visita dos Rolling Stones ao Rio de Janeiro, em 1968. Além de nomes que marcaram a música brasileira, como Cauby Peixoto, Dalva de Oliveira, Orlando Silva, Ângela Maria e Chico Buarque e o t eatro, Eva Tudor, Tônia Carreiro, Procópio Ferreira, Grande Otelo e Cacilda Becker.

O tratamento de conservação preventiva e a digitalização dessas imagens é resultado do Projeto Última Hora – Acervo Fotográfico , que consistiu em organizar, conservar, digitalizar, tratar as imagens, produzir instrumentos de pesquisa e disponibilizar na internet este grande volume de fotografias. Este projeto teve início em 2007 no Centro de Acervo Iconográfico e Cartográfico do Arquivo Público do Estado de São Paulo.

A diretora do Centro, Elisabete Savioli , explica que as imagens desse projeto são do Departamento de Arquivo Fotográfico da Última Hora, na forma de negativos flexíveis. “Este tipo de suporte é muito frágil e de fácil deteriorização, o que torna a manipulação destes documentos bastante complicada”, explicou Elisabete. Além disso, para visualizar a imagem no negativo é preciso utilizar instrumentos específicos como lupas e mesas de luz. Leia a íntegra.


Fonte: Banco Cultural - 2008 Copylef

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Curta Experimental

Um mergulho na história do movimento concretista de São Paulo a partir de fragmentos da obra do poeta Augusto de Campos. Uma colagem de cenas raras revela o longo rastro cúmplice entre a poesia concreta e o cinema experimental.

Hi-Fi


Gênero Experimental
Diretor Ivan Cardoso
Elenco Carlos Imperial, Clarice Piovesan, Cristiny Nazareth, Decio Pignatari, Felipe Falcão, Haroldo de Campos, Helena Lustosa, José Lino Grunewald, Man Ray, Marcel Duchamp, Nina de Pádua, Orson Welles, René Clair, Rogéria, Sandro Solviati, Satã, Sydney Greenstreet, Wilson Grey
Ano 1999
Duração 8 min
Cor Colorido
Bitola 35mm
País Brasil

Ficha Técnica
Produção Topázio Filmes Fotografia Ivan Cardoso, Eduardo Viveiros Roteiro Ivan Cardoso, Augusto de Campos Trilha Sonora Augusto de Campos, Cid Campos



Todas as informações e dados são do sítio PortaCurtas


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sexta-feira, 18 de junho de 2010

Morre José Saramago

Aos 87 anos, morre o escritor português José Saramago

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil


Brasília – O escritor portugês José Saramago, de 87 anos, morreu hoje (18) em consequência de falência múltipla dos órgãos, depois de um longo período com a saúde fragilizada. Prêmio Nobel de Literatura em 1998, Saramago morreu na Ilha de Lanzarote, uma das Ilhas Canárias, onde vivia desde os anos 90.

A fundação que leva o nome do escritor informou que ele estava acompanhado pela família no momento da morte. A informação foi confirmada pela imprensa portuguesa.

“O escritor morreu acompanhado por sua família, despedindo-se de forma serena e tranquila”, informou a Fundação José Saramago em um breve comunicado de cinco linhas. Segundo a nota, a morte ocorreu às 12h30 – cerca das 8h de Brasília. A notícia está estampada na capa do site da fundação na internet.

De acordo com a imprensa portuguesa, Saramago teve uma noite tranquila, tomou o café da manhã normalmente hoje, mas em seguida começou a passar mal e morreu. A mulher dele, Pilar Del Río, o acompanhava.

No blog do escritor foi postado hoje um trecho de uma entrevista concedida por Saramago em 11 de outubro de 2008 à revista portuguesa Expresso.

“Acho que na sociedade atual nos falta filosofia. Filosofia como espaço, lugar, método de reflexão, que pode não ter um objetivo determinado, como a ciência, que avança para satisfazer objetivos. Falta-nos reflexão, pensar, precisamos do trabalho de pensar, e parece-me que, sem ideias, não vamos a parte nenhuma”.

Edição: Tereza Barbosa

Fonte: AgênciaBrasil - Todo o conteúdo da Agência Brasil está publicado sob a Licença Creative Commons Atribuição 2.5. Brasil.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Curta sobre Clarice Lispector

Clarice Lispector, a menina ucraniana, descobriu no Recife a felicidade clandestina que fez dela uma das maiores escritoras brasileiras de todos os tempos. (PortaCurtas)

Clandestina Felicidade



Sinopse
Fragmentos de infância, descoberta do mundo pelo olhar curioso, perplexo e profundo da criança-escritora Clarice Lispector.

Gênero Ficção
Diretor Beto Normal, Marcelo Gomes
Elenco Luisa Phebo, Nathalia Corinthia, Luci Alcântara
Ano 1998
Duração 15 min
Cor P&B
Bitola 35mm
País Brasil


Ficha Técnica
Produção Alcir Lacerda Fotografia Jane Malaquias Roteiro Beto Normal e Marcelo Gomes Edição Vânia Debs Som Direto Márcio Câmara Direção de Arte Liz Donovan Trilha original Fred 04 e DJ Dolores





Fonte: PortaCurtas




Mais Clarice Lispector
Conto de Clarice Lispector
Clarice Lispector, Escritora “Indigesta”
Conto de Clarice Lispector II
Conto de Clarice Lispector III
Poesias de Clarice Lispector



Curtas do mundo inteiro no OutroCine 
http://outrocine.blogspot.com - Mostra permanente de cinema

sábado, 8 de maio de 2010

Clássica Infantil de Vinícius e Toquinho em Animação

A Casa, composição de Vinícius de Moraes e Toquinho, virou animação nas mãos do diretor Andrés Lieban.

A Casa


Sinopse
Ao som da famosa canção de Vinícius e Toquinho, um mímico se diverte construindo uma casa que só é visível para quem acredita na história.


Gênero Animação
Diretor
Andrés Lieban
Ano 2004
Duração 3 min
Cor Colorido
Bitola Vídeo
País Brasil

Ficha Técnica
Produção
Fernando Faro Roteiro Andrés Lieban Animação Andrés Lieban Empresa produtora Laboratório de Desenhos, Editora Delta Produção Executiva André Koogan Breitman Finalização Proview Produções Música Sincronizada Vinicius de Moraes Interpretação musical Boca Livre

Prêmios
Melhor Trilha Sonora no Anima Mundi 2004

Premier Internacional no Film Festival of the World 2004

Festivais
Festival Internacional de Cinema Infantil 2004

Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis 2005


Fonte: PortaCurtas




Mais curtas no OutroCine - Mostra Permanente de Cinema

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Cultura Livre à disposição de todos

Conheça o projeto da Brasiliana Digital que visa democratizar o acesso cultural disponibilizando para baixar, de forma livre e irrestrita, vasto acervo de livros, documentos, periódicos e manuscritos. Salve a cultura livre!

Recentemente toda obra do poeta Vinícius de Moraes, num total de 15 livros, foi disponibilizada gratuitamente no saite da Biblioteca Brasiliana Digital.


SAIBA MAIS SOBRE A BRASILIANA DIGITAL

A Brasiliana Digital é uma extensão do gesto de generosidade de Guita e José Mindlin de tornar público um acervo único de documentos sobre o Brasil.



terça-feira, 27 de abril de 2010

Perder Liberta

Poesias do concretista Arnaldo Antunes.

Perder - 2002
Publicado inicialmente no livro PALAVRA DESORDEM, ed. Iluminuras (2002).

Tira a asa - 2002
Publicado inicialmente no livro PALAVRA DESORDEM, ed. Iluminuras (2002).


SOL TO - 1997
Publicado no livro “2 ou + corpos no mesmo espaço” (ed. Perspectiva).

Seja o que for - 2002
Publicado inicialmente no livro PALAVRA DESORDEM, ed. Iluminuras (2002).

Sempressa - 2002
Publicado inicialmente no livro PALAVRA DESORDEM, ed. Iluminuras (2002).


THE AND - 1997
Publicado no livro “2 ou + corpos no mesmo espaço” (ed. Perspectiva)


Fonte: Arnaldo Antunes


Outras
Poemas Visuais de Arnaldo Antunes

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Como Fazer uma Rádio Comunitária

UFRGS publica cartilha que ensina como fazer rádio comunitária

Fonte: RITS Rede de Informação do Terceiro Setor

A Universidade Federal do Rio Grande do Sul [UFRGS], através da Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação [Fabico] e do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Informação [PPGCOM], está publicando a cartilha Para fazer Rádio Comunitária com "C" maiúsculo.

A obra é organizada por Ilza Girardi, professora do PPGCOM, e Rodrigo Jacobus, mestrando do programa, e dá sequência a um trabalho de seis anos que já havia publicado a “Cartilha (sem frescura) da Rádio Comunitária”.

A cartilha, que traz um histórico das rádios comunitárias, questões da legislação e fornece informações de como montar uma rádio, está sobre licença Creative Commons e pode ser distribuída gratuitamente sobre a mesma licença, que pode ser conferida na página quatro da obra.

Baixe seu exemplar e redistribua a cartilha, reforçando a importância de obras compartilhadas sem custo, priorizando o acesso livre à informação. A cartilha está disponível aqui para download [em PDF].

Notícia publicada originalmente no sítio da Abong.


Fonte: BancoCultural Copyleft

quarta-feira, 21 de abril de 2010

O Tiradentes em Animação

Tiradentes - O Descartável
A animação Tiradentes - O Descartável conta de maneira bem-humorada a trajetória que levou à forca José da Silva Xavier, o Tiradentes. Este curta foi desenvolvido por Rodrigo Araújo, historiador e cartunista.






Tiradentes - O Descartável


Sinopse
Curta de animação do Barão do Pirapora de Piedade-SP, tratando um pouco da vida de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes e a Inconfidência Mineira.

Gênero Animação
Diretor Rodrigo Araújo
Ano 2008
Duração 5'30''
Cor Colorido
País Brasil



Fonte Imagem: PiraporaPictures


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terça-feira, 20 de abril de 2010

Poemas Manuel Bandeira

Quatro poesias de Manuel Bandeira.

Pneumotórax

Febre, hemoptise, dispnéia e suores noturnos.
A vida inteira que podia ter sido e que não foi.
Tosse, tosse, tosse.

Mandou chamar o médico:
— Diga trinta e três.
— Trinta e três . . . trinta e três . . . trinta e três . . .
— Respire.

— O senhor tem uma escavação no pulmão esquerdo e o pulmão direito infiltrado.
— Então, doutor, não é possível tentar o pneumotórax?
— Não. A única coisa a fazer é tocar um tango argentino.


O menino doente

O menino dorme.

Para que o menino
Durma sossegado,
Sentada ao seu lado
A mãezinha canta:
— "Dodói, vai-te embora!
"Deixa o meu filhinho,
"Dorme . . . dorme . . . meu . . ."

Morta de fadiga,
Ela adormeceu.
Então, no ombro dela,
Um vulto de santa,
Na mesma cantiga,
Na mesma voz dela,
Se debruça e canta:
— "Dorme, meu amor.
"Dorme, meu benzinho . . . "

E o menino dorme.


Noite morta

Noite morta.
Junto ao poste de iluminação
Os sapos engolem mosquitos.

Ninguém passa na estrada.
Nem um bêbado.

No entanto há seguramente por ela uma procissão de sombras.
Sombras de todos os que passaram.
Os que ainda vivem e os que já morreram.

O córrego chora.
A voz da noite . . .

(Não desta noite, mas de outra maior.)

Petrópolis, 1921


O último poema

Assim eu quereria o meu último poema.
Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais
Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas
Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume
A pureza da chama em que se consomem os diamantes mais límpidos
A paixão dos suicidas que se matam sem explicação.



Fonte: Jornal de Poesia


Mais
Poesias de Manuel Bandeira

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Pequena Epifania

pequena epifania

Eu homem, desaparecendo com objetos. Garrafas quebradas, avisto uma cortina balançada de vento, toco tua boca e as manchas no colchão velho improvisado em que fingimos dormir. Tu mulher, tanta mulher em ti, teu cheiro incomum que inunda o pequeno espaço onde te acaricio na rua de mão única. Cansada, negra, lívida e negra, desaparecida nos objetos, sorriso largo - rareando - estufada daquela beleza que atinge mulheres alheias ao tempo, mulheres de qualquer rua, mulheres do pequeno espaço da rua em que posso te acariciar.

Raquel Leão Luz

Fonte:
http://tenhomedodevirginiawoolf.blogspot.com

segunda-feira, 29 de março de 2010

Renato Russo, Nosso Irmão mais Velho

No dia 27 de março Renato Russo, poeta e líder da banda Legião Urbana, completaria 50 anos. Vítima da aids, teve a vida interrompida precocemente, mas, sua obra se perpetua. A seguir, texto do jornalista Wagner Machado escrito exclusivamente para o Música&Poesia.


Nosso irmão mais velho
por
Wagner Machado

Renato Russo - Imagem Ricardo Castro
Eu tinha sete ou oito anos quando ouvi Legião Urbana pela primeira vez. A música era Faroeste Caboclo, grande sucesso naquele momento, a despeito de seus 9 minutos de duração e dos palavrões que a letra continha, a ponto de se criar uma versão que subtraía toscamente os palavrões (“olha pra cá, olha pra cá, seu sem-vergonha” em vez do original “olha pra cá, filho da puta sem-vergonha”) para adequar-se às normas de radiodifusão.

Creio não ser exagero afirmar que este momento, a primeira vez que ouvi Legião, marca o rito de transição da minha infância para a adolescência. Era 1988, o Brasil saíra recentemente do longo e triste período que se iniciara em 31 de março de 1964 para terminar duas décadas depois. O rock nacional efervescia com as tantas bandas surgidas na primeira metade daquela década. Entre as quais despontava a Legião Urbana do Renato Russo, que traduzia, com suas letras fortes e diretas e seu som sujo e sentido, a ânsia de uma geração que chegava a um momento histórico em que havia muitos motivos por que lutar, mas não havia mais um inimigo claro e declarado, uma luta perplexa e vaga, como perplexo e vago era o negro João de Santo Cristo, protagonista de Faroeste Caboclo, que vê sua vida transformada num inferno em Brasília porque queria fazer um patético pedido ao presidente, ajudar toda essa gente que só faz sofrer.

No ano seguinte ao meu primeiro contato com a banda brasiliense do Renato Russo, a Legião lança o disco “As Quatro Estações”, que consolidou meu gosto pela música e minha desconfiança e aversão a tudo o que é rotulável. Porque “As Quatro Estações” era um grande disco de rock, mas era reducionismo demais chamar aquilo de rock. Porque ali havia ecos do punk brasileiro irritado e rebelde ao mesmo tempo em que havia um lirismo tão triste e tão franco. Tinha guitarra distorcida, mas tinha piano. Falava em drogas, em violência, mas citava Camões e textos bíblicos. E as letras de Renato feriam e tocavam, a mim e à minha geração, tão perdida e tão sôfrega.

Renato fazia letras um tanto pobres sob o aspecto da construção poética, mas – ou talvez por isso mesmo – tão bonitas e altissonantes, como se soubesse – e creio que sabia – o que cada um de nós sentia, melhor que nós até. Não tem nada de elaborado no rude verso “parece cocaína mas é só tristeza”, não tem rima rica, métrica precisa e nem acuidade vocabular, mas era a perfeita e dolorida tradução do que sentíamos naquele justo momento. E quem disse isso de forma tão direta e bonita quanto Renato Russo?

Renato Russo era um cara triste, mas sua tristeza era em nada comparável a essas bandas babacas de hoje que ganham grana vendendo melancolia barata e plástica. Era uma tristeza não-egoísta, solidária, abrangente, uma tristeza pelo destino de todos nós, pela opressão, pela ignorância, pela mediocridade, por este país tão rico e tão injusto, e tão hipócrita. Também não era uma tristeza autoindulgente, mas antes uma tristeza autocrítica, convidando à reflexão mas também à ação.

Renato Russo foi o irmão mais velho da minha geração. Liderava a maior banda de rock do meu país. Naquela época, as bandas do primeiro time do rock nacional (Titãs, Paralamas, Barão, Ira! e tantas outras) lotavam ginásios, vendiam milhões de cópias de discos e realmente faziam a cabeça da minha geração. Mas Renato jamais se deixou seduzir pelo lado podre da fama. Não permitiu transformar-se em star superexposto nos meios de comunicação, não aceitou tornar-se um escravo de si mesmo nem da sua imagem. Jamais deixou que jogassem seu trabalho e sua personalidade na vala comum do circo midiático. Não precisava da mídia, pois sabia falar diretamente conosco.

Em um dia qualquer de 1996, chego em casa de volta da aula, e pela MTV recebo a notícia da morte de Renato Russo, vítima da aids. Estávamos desamparados. É tão estranho, cantou ele, os bons morrem jovens. E há tempos são os jovens que adoecem. Penso que há pessoas que precisam mesmo morrer ainda jovens. É o caso de Che Guevara, de Camus, de Glauber Rocha. E de Renato Russo. Pessoas que não suportam viver neste mundo tão mesquinho e tão medíocre. Não suportam amar uma humanidade que a cada dia esquece mais um pouco o que é amor. Precisam partir pra longe dessa confusão e dessa gente que não se respeita.

Wagner Machado é jornalista, atualmente trabalha na redação do portal Terra. Siga o Wagner pelo Twitter

Foto de Ricardo Castro sob uma licença Creative Commons - Alguns Direitos Reservados

quinta-feira, 11 de março de 2010

Jards Macalé - Movimento dos Barcos

Recentemente foi lançado o documentário Jards Macalé - Um Morcego na Porta Principal, homenagem justa para este gênio da nossa música. Macalé sempre esteve tachado equivocadamente como "maldito", adjetivo que, parece, nunca lhe agradou. Neste regresso do Música&Poesia uma linda música de Jards Macalé: Movimento dos Barcos. Composição em parceria com Capinan, presente no disco Jards Macalé, de 1972.

Movimento dos Barcos - Jards Macalé


Movimento dos barcos
Jards Macalé e Capinan

Estou cansado e você também
Vou sair sem abrir a porta
E não voltar nunca mais
Desculpe a paz que eu lhe roubei
E o futuro esperado que eu não dei
É impossível levar um barco sem temporais
E suportar a vida como um momento além do cais
Que passa ao largo do nosso corpo

Não quero ficar dando adeus
As coisas passando, eu quero
É passar com elas, eu quero
E não deixar nada mais
Do que as cinzas de um cigarro
E a marca de um abraço no seu corpo

Não, não sou eu quem vai ficar no porto
Chorando, não
Lamentando o eterno movimento
Movimento dos barcos, movimento



Fonte letra: MPBnet

Trailer Jards Macalé - Um Morcego na Porta Principal

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Vapor Barato/Flor da Pele