quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007

Curta Vinil

Vinil Verde

O premiadíssimo curta-metragem pernambucano Vinil Verde entra em cartaz aqui no blog do Música&Poesia BRasileira. Esta instigante fábula mostra a relação afetuosa entre mãe e filha, focando no conflito que surge ao se transgredir as regras. A transgressão, neste caso, vem acompanhada de curiosidade, prazer, medo, culpa e punição. Segundo o diretor Kleber Mendonça Filho, "Vinil Verde é uma história de amor, mas com elementos do cinema fantástico". Um dos aspectos mais interessantes deste filme é o fato de ele não ter sido filmado, mas, sim, fotografado. Mendonça Filho (co-roteirista, diretor, produtor e fotografo de Vinil Verde) fotografou com negativo 35mm still, montou no computador e posteriormente fez transfer para película. Quem ainda tiver as antigas vitrolinhas, lembre-se: Nunca, mas nunca mesmo, escute o vinil verde!

Yerko Herrera

Sinopse Mãe dá a Filha uma caixa cheia de velhos disquinhos coloridos. A menina pode ouvi-los, exceto o vinil verde.

Assista aqui Vinil Verde

Gênero Ficção
Diretor Kleber Mendonça Filho
Elenco Gabriela Souza, Ivan Soares, Verônica Alves
Ano 2004
Duração 13 min
Cor Colorido
Bitola 35mm
País Brasil

Ficha Técnica

Produção Kleber Mendonça Filho Fotografia Kleber Mendonça Filho Roteiro Kleber Mendonça Filho, Bohdana Smyrnova Produção Executiva Kleber Mendonça Filho, Isabela Cribari, Leo Falcão Montagem Daniel Bandeira, Kleber Mendonça Filho

Curiosidades

Vinil Verde é uma adaptação de uma fábula infantil russa.

O roteiro é de Kleber Mendonça Filho em parceria com Bohdana Smyrnova, cineasta/roteirista ucraniana de Kiev.
Vinil Verde, segundo o diretor, é, indiretamente, uma singela homenagem a um de seus filmes preferidos: "La Jetée", de Chris Marker. No entanto, Mendonça Filho afirma que, tematicamente, não tenha nada a ver. Marker está na lista de agradecimentos.
A Mãe e a Filha no filme são mãe e filha na vida real, Gabriela Souza (filha) e Verônica Alves (Mãe).
O filme foi montado num Mac G4, e fotografado em negativo 35mm still.
O arquivo final para transfer 35mm ficou com 49 GB de seqüências animadas em TIFF.

Prêmios

Melhor direção no Festival de Brasília 2004
Melhor Montagem no Festival de Brasília 2004
Prêmio da Crítica no Festival de Brasília 2004
Menção Honrosa ABD&C no Festival Internacional de Curtas de São Paulo 2004
Os 10 Mais - Escolha do Público no Festival Internacional de Curtas de São Paulo 2004
Prêmio Cachaça Cinema Clube no Festival Internacional de Curtas de São Paulo 2004


Festivais

Festival de Cinema Latino-americano de Toulouse 2005
Festival de Tampere 2005
Festival de Tiradentes 2005
Quinzena dos Realizadores - Festival de Cannes 2005
Cine PE 2005
Festival Internacional de Curtas do Rio de Janeiro - Curta Cinema 2004
Festival Luso-Brasileiro de Santa Maria da Feira 2004

3 comentários:

Unknown disse...

Achei muito interessante a maneira como foi filmado, é um suspense diria eu, até um tanto demoníaco.
Chama a atenção a maneira como o narrador se refere a mãe e a filha, na verdade passa a impressão que poderia ser um apartamento qualquer e a mãe e a filha, não necessariamente deveriam ser essas, "um apartamento sem mãe".
CUIDADO pois:
"Nós somos as luvas verdes, a gente veio pra te pegar..."

Música e Poesia BR disse...

Obrigado pelo teu comentário, Jimmy!
Concordo com tuas observações, e digo mais, este curta é aberto para várias interpretações, principalmente no que se trata da relação Mãe-filha. Creio que rende boas discussões.
Abração.

Anônimo disse...

Assisti o curta esses dias na tv cultura. Fiquei impressionada, ele é sim macabro por seu enredo e cheio de símbolos para se pensar. Eu achei o máximo! Dá sim, como foi dito para render boas discussões...
A forma que foi feito também é bem legal, sem ser repetitivo, se fosse sequencial, com diálogos talvez não ficasse tão bacana..