terça-feira, 14 de agosto de 2007

Poemas de José Eduardo Degrazia

DISCÍPULOS DE EROS

Os namorados
são transparentes
quando olhados
de frente
de lado
de perto
ou distante
são diamantes
amantes, amantes
amantes
dão-se as mãos
simplesmente
mentes e olhos
mentem versos
verdades várias
vôos
são pássaros
são peixes
imersos no mar
do amor
esquecidos
de tudo
de nada
de todos
jogam dados
do destino
cantam hinos
são apenas
lábios, lábias
sedução
sábios e vivos
inocentes
e meninos
enquanto amor
os domina
e ilumina.


A HORA CERTA

Quando não se puder
mais olhar uma flor,
quando não se puder
mais amar uma mulher,
quando o mundo for
só aparência de ser
e não permitir alegria,
é a hora certa de plantar,
é a hora certa de cantar,
é a hora certa de amar
é a hora certa de ver,
é a hora certa de viver,
é a hora certa de colher,
a manhã sempre vem,
o amor pode voltar
pra te dizer que a vida
vale a pena ser vivida.

É a hora certa de plantar,
é a hora certa de cantar,
é a hora certa de amar,
é a hora certa de ver,
é a hora certa de viver,
é a hora certa de colher.


- José Eduardo Degrazia nasceu em Porto Alegre em 1951.
Publicou dezenas de artigos e crônicas em jonais e revistas do Brasil e do exterior.
Tem publicados os livros de poemas, Lavra permanente, Cidade submersa, A porta do sol, Piano arcano, e A urna Guarani; seus livros de contos são: O atleta recordista, A orelha do bugre, A terra sem males, e Os leões selvagens de Tanganica; recentemente saiu sua novela O reino de macambira.
Traduziu livros de Pablo Neruda, poetas latino-americanos e italianos.
Foi premiado em poesia, conto, teatro e tradução.


Fonte: PortoPoesia

3 comentários:

Anônimo disse...

Muito bonito o poema de Degrazia... Discipulos de Eros.
Copiei e coloquei no eu perfil... Adorei!!
Seu blog está de parabéns!

"Livrai-me de tudo que trava o riso!" disse...

A hora certa!

Ameiiiiiiiiiiiii...=)

Yerko Herrera disse...

Que bom que vcs gostaram!

Beijos!