REVELAÇÃO PERSISTENTE
por Pedro Alexandre Sanches
Rodrigo Maranhão ainda pode ser tratado como uma revelação, aos 36 anos, apesar de ter fornecido duas músicas de destaque para o segundo disco de Maria Rita (Caminho das Águas e Recado) e de já ter sido gravado por Zélia Duncan, Pedro Luís, Fernanda Abreu, Roberta Sá e outros companheiros da música carioca contemporânea. Também integrante da banda independente carioca Bangalafumenga, de samba, xote, ciranda, rock e reggae, ele chega ao CD-solo de estréia, Bordado (MP,B/Universal), a bordo, em parte, da visibilidade trazida pelas gravações de Maria Rita.
Bordado agrupa as versões autorais de Recado e Caminho das Águas a um conjunto de canções inspiradas em tradições brasileiras de samba-de-roda, baião, ciranda, xote, aboio, bossa nova e até milonga gaúcha, em títulos como Interior, Noites do Irã e Olho de Boi, sempre em compasso de discreta eficácia.
Puxados todos os fios da trajetória do artista, o que aparece no bordado é uma metáfora da própria situação da música brasileira, diante dos impasses e das crises ininterruptas do modelo industrial ainda em vigor. Mesmo com tanta história e a acolhida generosa de Maria Rita, Rodrigo Maranhão pode ser chamado de revelação, até hoje.
Fonte: CartaCapital
terça-feira, 10 de julho de 2007
Rodrigo Maranhão lança CD-solo
Postado por Música e Poesia BR às 23:03
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