segunda-feira, 12 de março de 2007

Na Cola do Bush - Latinos Unidos

por Yerko Herrera

Seguindo o roteiro do Imperador George W. Bush pela América Latina que, após o Brasil, passou pelo Uruguai, Colômbia, Guatemala e México, o Música&Poesia traz para protestar um representante de cada país latino-americano em que o presidente estadunidense pisou. Conheça abaixo nossos hermanos.


Do México: Molotov


Frijolero - Molotov


Frijolero é a sexta faixa do quarto disco, intitulado Dance and Dense Denso (2003), da banda mexicana Molotov. Misturando rap, rock, punk, hardcore ao som folclórico mexicano e a ritmos latinos, o Molotov têm constante em suas letras a crítica social, o humor sarcástico e a iconoclastia. O grupo consegue mesclar como poucos os comentários sociais e o tom satírico em seus álbuns.
Apesar da música Frijolero já ter uns quatro anos, não poderia soar mais atual, principalmente agora, com a recente aprovação pelo Congresso norte-americano da construção de uma barreira na fronteira sul dos EUA.


Letra Frijolero - Molotov
Ya estoy hasta la madre de que me pongan sombrero, escucha entonces cuando digo: No me llames frijolero.
Y aunque exista algún respeto, y no metamos las narices. Nunca inflamos la moneda, haciendo guerra a otros países./ Te pagamos con petróleo o intereses, nuestra deuda. Mientras tanto no sabemos quién se queda con la feria./ Aunque nos hagan la fama de que somos vendedores. De la droga que sembramos, ustedes son consumidores./ Don´t call me gringo, You fuckin´ beaner. Stay on your side of that goddamn river. Don´t call me gringo, You beaner./ No me llames beaner, Mr. Puñetero. Te sacaré un susto por racista y culero. No me llames frijolero, Pinche gringo puñetero. (Chingao’)/ Now I wish I had a dime for every single time I´ve gotten stared down for being in the wrong side of town./ And a rich man I´d be if I had that kind of chips. Lately I wanna smack the mouths of these racists./ Podrás imaginarte desde afuera, ser un Mexicano cruzando la frontera, pensando en tu familia mientras que pasas, dejando todo lo que tú conoces atrás./ Tuvieras tú que esquivar las balas de unos cuantos gringos rancheros. ¿Les seguirás diciendo: “good for nothing wetback” si tuvieras tú que empezar de cero?/ Now why don´t you look down to where your feet is planted. That U.S. soil that makes you take shit for granted. If not for Santa Ana, just to let you know that where your feet are planted would be Mexico. ¡Correcto!



Da Guatemala: Ricardo Arjona

Si el Norte Fuera el Sur - Ricardo Arjona


Si el Norte Fuera el Sur, do álbum homônimo (1996), é a crítica bem-humorada do cantor e compositor guatemalteca Ricardo Arjona, onde ele tenta imaginar como seria o mundo se os pólos se invertessem e os ricos fôssemos nós, os latino-americanos.
Com uma dezena de discos lançados, Arjona é um dos cantores de maior destaque e reconhecimento de língua hispana. Poeta do cotidiano, o guatemalteco tem o dom de sintetizar em sua obra situações e sentimentos de maneira simples com melodias elaboradas. Apesar do romantismo de grande parte de suas canções, Ricardo Arjona não deve ser confundido com outros cantores latinos do gênero, pois, embora tenha um certo apelo pop em grande parte de suas composições, ele não esquece de sua origem na pobre Guatemala, compondo volta e meia letras de conteúdo crítico e sempre tratando manter uma certa postura livre.
O disco Si el Norte Fuera el Sur, considerado por alguns como o melhor de sua carreira, foi gravado de forma independente. Arjona, além de compor todas músicas, tocou quase todos os instrumentos deste disco, que viria a receber apoio da Sony, na distribuição e divulgação, somente após o êxito do lançamento do Si el Norte Fuera el Sur.

Letra Si el Norte Fuera el Sur - Ricardo Arjona
El Norte y sus McDonald's basketball y rock'n roll/ Sus topless sus Madonas y el abdomen de Stallone/ Intelectuales del bronceado, eruditos del supermercado/ Tienen todo pero nada lo han pagado
Con 18 eres un niño para un trago en algun bar/ Pero ya eres todo un hombre pa' la guerra y pa' matar/ Viva Vietnam y que viva Forrest Gump/ Viva Wall Street y que viva Donald Trump/ Viva el Seven Eleven
Polvean su nariz y usan jeringa en los bolsillos/ Viajan con marihuana para entender la situacion/ De este juez del planeta que lanza una invitacion/ Cortaselo a tu marido y ganaras reputacion
Las barras y las estrellas se adueñan de mi bandera/ Y nuestra libertad no es otra cosa que una ramera/ Y si la deuda externa nos robo la primavera/ Al diablo la geografia se acabaron las fronteras
Si el Norte fuera el Sur/ serian los Sioux los marjinados/ Ser moreno y chaparrito seria el look mas cotizado/ Marcos seria el Rambo Mexicano/ Y Cindy Crawford la Menchu de mis paisanos/ Reagan seria Somoza/ Fidel seria un atleta corriendo bolsas por Wall Street/ Y el Che haria hamburguesas al estilo double meat/ Los Yankees de mojados a Tijuana/ Y las balsas de Miami a la Habana, si el Norte fuera el Sur
Seriamos igual o tal vez un poco peor/ Con las Malvinas por Groenlandia/ Y en Guatemala un Disneylandia/ Y un Simon Bolivar rompiendo su secreto/ Ahi les va el 187, fuera los Yankees por decreto
Las barras y las estrellas se adueñan de mi bandera/ Y nuestra libertad no es otra cosa que una ramera/ Y si la deuda externa nos robo la primavera/ Al diablo la geografia se acabaron las fronteras
Si el Norte fuera el Sur, seria la misma porqueria/ Yo cantaria un rap y esta cancion no existiria



Da Colômbia: La Pestilencia

Pacifista - La Pestilencia


Pacifista é um dos temas do quinto disco, Productos Desaparecidos (2005), dos colombianos da banda La Pestilencia. Com vinte anos de estrada, La Pestilencia é o grupo de maior renome do cenário rock colombiano. Mantendo um estilo punk rock dos anos 80, a banda tem influências do heavy metal e do hardcore, sem deixar de agregar no decorrer dos anos diversas vertentes do rock pesado a sua música. Surgida na Colômbia da era Pablo Escobar - aquela de duas faces, a do narcotráfico e a do brilhante futebol colombiano, La Pestilencia sempre manteve uma postura contestadora e politizada. Desde 2001 a banda está radicada em Los Angeles (EUA), firmando-se cada vez mais como grande expoente do rock latino.

Letra Pacifista (Musica: Juan Gomez Letra: Dilson Diaz)
El mundo avanza bajo Su signo/ El mundo cae en el dominio/ Con sU$ reglas doble moral/ En sus palabras maldad/ País en guerra que vuelve a votar/ Por ese cerdo, por ese cerdo/ Que somete al mundo/ Que somete al mundo Y con intereses debemos pagar/ Cuanto más vamos a soportar/ A ese maricon que a su guerra/ Envía a los hombres (x3)/ Una sonrisa de triunfalismo/ Vida prospera para sus hijos/ Afuera a bombardear/ Y con su guerra a reconquistar/ El nuevo mundo, El nuevo mundo/ Que resignado esta, a seguir odiando/ Oyendo mandatos banderas en las tumbas/ E inocentes llorar



Do Uruguai: Kato

SoyLent Verde - Kato


SoyLent Verde música que compõe o disco de estréia da uruguaia Kato, lançado em 2003 sob o mesmo nome da banda. O grupo surgiu em 2000 trás a dissolução do bem sucedido El Peyote Asesino, banda uruguaia de maior sucesso nos anos 90 na América Latina. Kato foi fundada pelo vocalista L.Mental (ex-Peyote), que trouxe a frente de seu novo projeto uma das mais promissoras e ousadas misturas de ritmos, que engloba desde elementos musicais da região do Rio da Prata (tango, milonga e candombe) até o rapcore e funk metal, passando pelo trip hop e eletrônico até chegar no metal contemporâneo aliado a sons autóctones. Mas, essencialmente, são uma banda eclética de rock. Entretanto, a contundência de suas letras e a mestiçagem musical, não foram suficientes para conseguir manter a efervescente banda no raquítico mercado rock do Uruguai e, em 2002, os integrantes do Kato, optaram por migrar para Espanha, onde residem atualmente.


Resenhas: Yerko Herrera

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