quinta-feira, 22 de março de 2007

Tributo a Maysa

Estrelas homenageiam Maysa em tributo da Biscoito Fino
por Tárik de Souza para o Jornal Musical

Sai em maio pela gravadora Biscoito Fino um tributo à cantora Maysa Figueira Monjardim (1936 - 1977) também conhecida por Maysa Matarazzo (sobrenome de seu primeiro marido, de família tradicional paulista) ou, simplesmente, Maysa. Lançada pelo produtor José Scatena em seu selo RGE, em 1956, a cantora que compunha desde os 12 anos quebrou vários tabus de uma vez. Além de ser uma granfina cantando (depois dela, gravaram discos Lygia Freitas Vale, Teresa Souza Campos e Irene Singery) e num meio profissional ainda mal visto, tratava-se de uma cantora/autora, numa época em que as compositoras, como a contemporânea Dolores Duran, ainda rareavam. Produzido por Thiago Marques Luiz, Maysa, esta chama que não vai passar... focaliza tanto a autora quanto a cantora.

Da própria Maysa foram regravados seus dois maiores sucessos, "Ouça" (Alcione) e "Meu mundo caiu" (Ney Matogrosso), além de "Quando a saudade vem" (Olívia Hime), "Adeus" (Cida Moreira), "Tema de Simone" (Claudette Soares), "Resposta" (Carlos Navas), "Nego malandro de morro" (Fernanda Porto) e as obscuras "Pra não mais voltar", rara parceria da cantora com Ivan Lins (Leny Andrade) e "Nós" (Célia e Dominguinhos), ainda mais rara, com o maestro Julio Medaglia, descoberta pelo produtor num tape do Fantástico, cantada por Elizeth Cardoso, no primeiro aniversário da morte da homenageada. Cantora intensa que tomava para si músicas alheias, Maysa também será lembrada em sua porção intérprete. Desde a inusitada parceria de Adoniran Barbosa e Vinicius de Moraes no samba canção "Bom dia tristeza" (Beth Carvalho), ao clássico da dor de cotovelo do belga Jacques Brel, "Ne me quittes pas" (Cauby Peixoto) e mais "Franqueza", de Denis Brean e Oswaldo Guilherme (Zélia Duncan), "Raízes", da mesma dupla (Leila Pinheiro), "Por causa de você", de Tom Jobim e Dolores Duran (Zeca Baleiro), "Demais", de Jobim e Aloísio de Oliveira (Alaíde Costa), "I love Paris", de Cole Porter (Edson Cordeiro), "Quando chegares", de Carlos Lyra (Maria Bethânia), "Até quem sabe", de João Donato e Lysias Ênio (Arnaldo Antunes), "Suas mãos", de Antonio Maria e Pernambuco (Bibi Ferreira) e "Morrer de amor", de Oscar Castro Neves e Luvercy Fiorini (Cláudya).


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